sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Sepultado vivo


Que som é este que retumba
Ecoando dentro da tumba
Vertendo dores das frestas do concreto?
Aprisionado na hora errada
Tendo as palavras todas cerradas
E perdendo os sonhos mais secretos?

Ainda vive não é hora de morrer,
O que fizeste para isto merecer?
Seus gemidos nos lábios ardentes
Assombra quem estás a passar,
Escutando sua alma gritar
As frases mais insolentes.

Teu espaço é limitado
Cabendo você mesmo ao seu lado
Sua prisão é um mistério.
Tentando se virar
E sua agonia a se espalhar
Pelo ar do cemitério.

Em vão é teu clamor
Todos correm ao ouvir sua dor
Não querendo acreditar,
Permanecendo trancafiado
Ninguém fica ao seu lado
Ninguém tenta te ajudar.

Desesperado na escuridão
Avista a luz e sua degradação,
Transformada em penumbra.
A morte segura a tua mão,
Congela o teu coração
E o sono eterno paira na tumba!!

By – Juliana Bizarria

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Devaneios Noturnos

Em meus devaneios noturnos
Deliro entre as paredes do
meu quarto,
Meus movimentos internos e intensos
Rasgam meu corpo e fogem de mim,
Escapando pelas frestas da porta e da janela.

Saem pelas ruas fazendo algazarra,
Gritando e acordando a madrugada adormecida.
Minha voz enfraquecida
Sussurra implorando para que se calem
Mas não me ouvem,

Seus gritos ensurdecedores
São mais altos,
Assustam as corujas os grilos
E qualquer outra criatura da noite.

Andam por ai a divagar
E quando menos espero
Batem em minha janela,
Adentram meu quarto,
Corrompem minha pele,
Ferem o meu ser.

Voltando a habitar meu corpo esguio
Acalmam-se dentro de mim,
Feito doses homeopáticas
Curam minha insônia.

Mas quando fecho os olhos para dormir
O sol já está se levantando,
Inebriada pelo sono
Estou sendo carregada,
Então adormeço
Mas já é hora de acordar.

By – Juliana Bizarria

domingo, 15 de fevereiro de 2009

In The middle of nowhere


In the middle of the darkness
I find me alone.
I want to fly
I think I can,
But I start to cry
And lost me again.

Screaming and bleeding,
Obscuring and confusing,
Truths with lies.
I the middle of nowhere
I die.

Now I'm in another place.
Where my tears
Become fears,
Wetting my face

But I
Never lost control,
Because a day somebody
Will find my soul.

By - Juliana Bizarria

One more poem para a Tia Cacá and Narcisa traduziiiiiiiiirem!!

Tosko?? magiiiiiiiiina huAhuAHuhUahauhUahuahuaaaaaaaa

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Without name



The bleachers’s life are crowded
Acclaimed for a winner.
Always waiting for someone to appear
To be applauded.
Waiting for a hero,
Bringing hopes and better things
But why wait so?
If you are tired of knowing
That power corrupts?
We are able to do everything ourselves.
The hope is ephemeral
And heroes are paltry mortals
Like any other human being.
Be your own hero
And applaud yourself!

By - Juliana Bizarria

Escrito em "ingreis" especialmente para minhas alunas Cassia AND Larisa traduzirem, BUT sem usarem ferramentas do google OK?? huhUAhUHaua
ps: Isso deve tá cheio de erros mas relevem, afinal dizem q é com os erros q a gente aprende hUAhUahuHauhuahUahuA

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

365 dias....



O mesmo suor todos os dias escorre
Debaixo do mesmo sol,
Debaixo da mesma lua,

Olhos cobrem a mesma multidão,
Pés caminham sobre a mesma rua.

As horas passam
E os sete dias se vão,
As horas passam
E os trinta dias se vão.

Tudo volta se inicia.
Perdas, conquistas
E nada mais

Nada vai alem do único propósito,
A busca pela paz

Prisioneiros na estratosfera,
Prisioneiros da vida e sua ilusão.

As horas passam
E 365 dias se vão.

Persistentes, ainda estamos aqui,
Fazendo o que sempre fizemos
E continuaremos a fazer,

Dormindo cansados
E morrendo um pouco a cada amanhecer.

Feito areias no deserto
Se confundindo,
Tudo é muito igual.

Cada um vai para um lado
Rumando ao mesmo final.

As horas passam
E os dias se vão,
As horas passam
E quase tudo é em vão!!

By – Juliana Bizarria

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

O Retrato


Observando....

Faço reavivar mortas lembranças,

Respirando o cheiro do passado

Guardado em um simples retrato.

Como um tambor,

Doces recordações

Ficam a ressoar em meu pensamento.

Mantenho-me em silencio

Para ouvir melhor

O que já vive,

Mas que em cárcere,

Habitava minha memória

E agora se liberta,

Brotando um funeral dentro do meu ser

Sinto que tudo morreu,

Mas está imortalizado num pedaço de papel.

Não consigo desviar meu olhar,

Não consigo deixar de reviver

Aqueles bons momentos.

Então....

Continuo bebendo as lembranças

E embriago o meu peito

Com aquilo que chamam de saudades!!

By – Juliana Bizarria

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Tudo eu via


Eu vi cavalos sobrevoarem o céu
E toda a sua imensidão,
Eu vi urubus nadarem,
Num momento de alucinação.
Vi flechas atingirem alvos
Em plena escuridão.
Eu vi freiras dando a luz
E depois pedirem perdão.

Também pude ver pássaros
Com línguas assustadoras,
Vi homens caminhar com braços,
Por estradas devastadoras.
Vi mulheres beberem sangue
Em seitas destruidoras.

Pude ver crianças
Espíritos evocando,
Depois pude ver as mesmas
Umas as outras se matando,
E seus pais de braços cruzados
Ali parados só olhando.
Eu vi a vida e a morte
De mãos dadas se amando.

Vi o que não devia
Senti o que não sentia,
Era como se algo me tomasse
E por isso tudo eu via.
Da vida, vi o lado bom e o ruim,
Vi tudo aquilo que em segundos
Passaram diante de mim.
Vi meu avesso,
Meu começo,
Meio e fim!!!!

By - Juliana Bizarria
Escrevi isso a 6 anos atrás.