segunda-feira, 20 de junho de 2011

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Como um verso sem rima

E uma canção sem tom!

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Um Vôo para a morte


Ele abriu a janela

E se jogou do 11º andar,

Pensava que não ia morrer

E sim que ia voar.

Abriu os olhos

E a sua queda foi observando,

Enquanto ia caindo

Do seu passado ia lembrando.

Começou a ficar assustado

E então morreu chorando.

Ele tinha uma alma boa

E um coração puro,

Que chegou ao fim

Ao encontrar-se com o chão duro,

Que de braços abertos o recebeu

Com sua dor ignorando

Mas quando o abraçou,

Ele já estava sangrando.

Suas mãos estavam geladas

E seus olhos entreabertos,

Lagrimas doces derramando,

Ele estava enganado

Pois pensou que morreu voando!


By - Juliana Bizarria

Rabiscado em 1999...


segunda-feira, 14 de março de 2011

Linhas vazias


Tingido pelo sol és meu corpo pagão

Contrastando em meu peito a mais pura rebeldia,

Rasgo o vazio com versos vão

Colorindo a folha branca vazia.


Querendo retornar ao ventre

Está a minha alma imunda,

Estranha sensação demente

Que entre mim fecunda.


Doce mente doente insana

Que sussurra medo em meu ouvido,

O Murmúrio áspero que de minha boca emana

Escorrega entre meus dedos deixando o papel florido.


Não sou fera, nem selvagem

Sou apenas mais uma menina,

Só mais uma que em viagem

Vaga pelos espirais letrados de resina.


Que derretem ao calor das chamas

Relembrando momentos épicos,

Tão oblíquo quanto olhares de quem amas

Tão sereno tão poético.


Durante a noite silenciosa eu insisto

Com verbos meu desejo é realizado,

Em linhas faço o que quero, repudio cristo

E desafio até o diabo.


By – Juliana Bizarria

sexta-feira, 4 de março de 2011

Haviam flores em meu jardim


O apego não quer ir embora

Preciso fazê-lo partir,

Sinto-me sem nada agora

Sofri e chorei até sorrir.


Olhares sinceros e gratos

Carinho honesto a esvair,

Queria poder retornar

E todo esse amor sentir.


Tudo passou tão rápido

Muito plantei, mas pouco colhi,

Deixo a ela que os regue

Até que possam florir.


Metade de mim ficou lá,

Aquilo tudo me deu,

Construí da vida outra imagem

Foi lá que encontrei outro eu.


By Juliana Bizarria

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

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Voar, voar, voar...

Transportar-me num momento desacertado

Sem horas, sem contas, sem asas.


Voar ao som do silencio

Transpor-me a dores

Saudades e cores

Levar bofetadas.


Afecção cerebral

Deixando-me por inteira

Contaminada.


É delírio violento

Voando sem ajuda do vento

Mergulhando em águas rasas.


Viver o eterno frenesi

Em meio a enormes espirais de fumaça

Cegando-me, ele passa.


Arrebatando sentimentos

Beijo ardente feito brasa

Soprando-me a voar

Voar sempre sem asas.


By – Juliana Bizarria