sexta-feira, 23 de abril de 2010

Não há abismo dentro de mim



Não há abismo dentro de mim

E eu que tanto o temia, vejo que o abismo sou eu

Agora é ele quem me teme.

Daqui por diante as coisas serão livres,

Darei passadas descompassadas,

Não esperarei por mais nada,

Matarei minha sede em copos d’água

E ficarei assim na companhia do meu eu.

Solidão?

Não...

É apenas mais uma fase do jogo da humanidade,

Logo passa, depois volta e poderá passar novamente,

Sucessivamente

Contende

Descontente

Tantas coisas acontecem e perdem-se na vida,

Perdem-se com a vida

Talvez até ficam esquecidas.

Não há de ser nada!

E nem sempre o que há

É tudo!

E aqui dentro de mim

Ah! dentro de mim......

Apenas lembranças,

E uma paz que não se cansa

E um recomeço que jamais terá um fim!


B y – Juliana Bizarria

domingo, 11 de abril de 2010

Tomo II


Eis que surge um espectro fantasmagórico

Envolvendo-me em sua poeira densa,

De ar lúgubre e calórico

Infectando qualquer crença.


Está mais uma vez diante de mim

Agonizando-me pelo fim,

Propagando minha doença.


O que isso pode ser?

O que isso vem a ser?

Fecho os meus olhos, a repudiar,

Fecho os meus olhos, não vou olhar.


A dança continua, vem e vai

Sobe e desce, mas não cai,

Não para o seu bailar.


Figura que surge do irreal

Na estranha realidade,

Fazendo uma dança surreal

Com tamanha intensidade.


O tomo II está em cena

E minha consciência já não mais plena,

Desconfia de qualquer verdade.


Entrou em meu mundo a desolar

Impediu-me de sorrir,

Vindo a pra me atormentar

Na hora de dormir.


E quando noto tudo se acaba,

Vai embora sem dizer nada

E sem que eu possa aplaudir!!


By – Juliana Bizarria