segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Um devaneio qualquer.


Vai-se de mim...

Extirpada como um câncer

Saindo a exalar

Não digo boa noite,

Mas preciso descansar.

Feito fumaça

A minha visão embaça,

Os vapores do inferno

Estão a me contaminar.

Por qualquer razão,

Ou sem razão nenhuma

Deixo me levar,

Bebendo sua água

Uma fonte que nunca acaba

Jamais permitirei secar.

É mágico o instante

Mais intenso e constante

Onde posso ver os sons,

Tocar odores,

E ouvir as cores

Mas nunca não é o bastante,

Sempre está a me dominar

E na textura de uma folha de papel

Faço minha voz rouca, ébria,

Ressoar...


By – Juliana Bizarria