sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Praticando heresia


Odeio religião.
Ela é uma das coisas
Mais estúpidas que existem na terra
Religião é preconceituosa
Causa miséria e guerra,
Propaga ignorância de humanos
Limitados por suas ambições
Praticando uma política suja
Em todas as nações.
As religiões são todas iguais
Contaminam cérebros fracos
Com suas crenças banais.
A igreja rouba e transforma
Seus seguidores em gados
Impõem idéias arcaicas
Deixando adeptos bitolados.
Privando as pessoas de pensarem
Decorando palavras
Até na hora de rezarem.
Religião é uma praga
Que só atraí desgraça
É um bolo mal feito
Com uma estragada massa.
Deixa homens desacreditados
De suas próprias vontades
Não sabe se o que escuta é certo
Ou se ao menos é verdade.
Em minha deturpada mente
Cheguei a uma conclusão
Podem me achar demente
Mas tenho o meu conceito
Sobre religião
Para mim ela não passa
De comercio, discórdia e prisão!

By- Juliana Bizarria

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Juízo Final


Ecoam barulhos do céu
No meio da escuridão,
O sangue pingando das nuvens
Declara a devastação,
Inicia se uma guerra
Abre se a terra
Engolindo o perdão.

Sepultando queimados
Os sonhos mais ardentes,
Dos pecadores alados
E das almas descrentes.
O olhar enfurece
O espírito aquece
Com raios incandescentes.

Que estão chegando para expulsar
Obrigando todos a saírem do caminho,
Até donos de impérios
Que se embriagam com vinhos,
Pobres com sorte
E jurados de morte
Escondem-se em seus ninhos.

Mas tudo é em vão
O vento ensurdecedor,
Arrasta sentinelas
E o hálito maléfico com pavor,
Apaga todas as velas.
Não há mais tempo para orar
Tudo irá se acabar
Até as pinturas mais belas.

Bocejando agonia
E lagrimas a derramar
Tudo vai embora,
Profanos, leigos e leais.
Os demônios encarnados
Concebidos em pecado
Por prazeres bestiais.

Deixam o cosmo
Agora desabitado,
O nódulo é desfeito
O câncer é curado,
No final
Todo mundo é igual
Pois o corpo é emprestado.

E antes que seja tarde
Cauterize a ferida lânguida
Que contamina os filhos
Que o céu está cobrindo,
E o inferno está comendo
Mas o mundo está dormindo?
Não...
O mundo está morrendo!

By - Juliana Bizarria

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Uma semana sem você =((


Dizem que os cachorros, os animais em geral não têm alma, ao contrario de todo o ser humano.
Mas esse portador de alma é ruim, ganancioso, é o causador de todos os males do mundo!
Às vezes quando uma pessoa age de má fé, a chamam de “desalmada”, e até mesmo de “cachorro” e não percebem o erro que estão cometendo.
Pois não existe coisa mais fiel, carinhosa, honesta do que os animais e mesmo quando eles fazem algo errado por sua ingenuidade, ninguém os chamam de “almados” ou de “seres-humanos”
Então o problema do homem deve ser a alma.

Quem sabe se ele tivesse nascido sem ela, seriam iguais aos cachorros e talvez a humanidade fosse bem melhor.

Se ter alma é viver como os seres humanos, eu preferia não te-la e viver como os animais.

By - Juliana Bizarria

BAGGIO.... vc faz muita falta!! TE AMO PRA SEMPRE

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Carne tenra



Laceram a carne tenra
Enquanto as toxinas
Forjam a lógica da contradição,
Onde tudo se torna lascivo
Em meio à perdição,
Vomitando os órgãos
Feito a labareda de um vulcão.
E sem sentidos extingam
O sangue e sua estagnação,
Querendo derramar para cobrir
Todo tipo de aversão,
Com brilho suave colore
A pecadora multidão.
Embebedam-se no orvalho
Do sentimento doentio de ilusão.
Os dentes afundam na pele
Forjando a destruição,
Pois as chamas envenenam
A consumação!

By – Juliana Bizarria

Homenagem ao meu grande amigo e companheiro de prosas na beira do fogão a lenha CHARLES BAUDELAIRE hUAhUhuhauHau =))

Perdeu-se no ar


Transeunte, caminha sem pressa
Não tem lugar certo para chegar,
Passa em frente á igrejas
Mas não pára, para rezar.
E na calçada do cemitério
Ali presta á atenção,
Imaginando o fim
Do bater de coração.
Continua á caminhar
Mas agora pressa começa a ter,
Aí acelera os passos
Para chegar e escrever.
Toda a sua mente começa a fermentar,
Como algo num forno
Prestes a se queimar.
Pensamentos idiotas e alucinações,
Rimas suficientes
Para escrever várias canções.
E o medo que sua imaginação suma
Toma conta de sua alma,
Então respira fundo
E começa a ter mais calma.
Pois seu destino já está próximo
E a sua parada começa a avistar,
Mas não adiantou nada
Rápido chegar,
Por que sua inspiração
Com a pressa perdeu-se no ar!!!!

By- Juliana Bizarria

Bolhas embriagantes


Ecoam palavras em minha mente
Palavras que surgem do nada,
E eu com os meus olhos pesados
Ouço ás bem calada.

Vindo como tempestade
Em uma noite gelada,
E os seus relâmpagos me acordam
Na sonolenta madrugada.

Barulhos girando ao meu redor
Para que eu permaneça acordada,
A caneta desliza devagar
Por que minha mão está cansada.

As idéias surgem
Deixando-me por elas ser levada,
Então mergulho junto as bolhas de rimas
Assim ficando embriagada.

Parar de escrever eu não consigo
Pois estou alucinada,
Mas sem querer fecho os meus olhos
E pelo sono sou carregada!!!!

By - Juliana Bizarria

domingo, 7 de setembro de 2008

Meu último suspiro


Minhas feridas choram pela sepultura
Enquanto minhas veias
Celebram sua ruptura.
Minha alma chora por salvação
Para que eu, não seja condenada,
Debaixo da luz negra
Na chuva serei velada,
E por causa do meu suicídio
Por Cristo serei negada.

Vou me libertar do mundo das coisas frágeis.
Vou fechar os olhos para desaparecer,
Então persigo meu ato
Pois é hora de morrer.
Vamos, diga-me boa noite
Enquanto você chora,
Eu estou partindo
Enquanto você ora.

Segurando o meu último suspiro
Peço que me peguem enquanto eu caio,
Estão gritando o meu nome em vão
Porque do meu corpo eu saio.
Anjos jogados aos meus pés
Implorando para eu ficar,
Mas a morte está acenando para mim
E a ela vou me entregar.

Ninguém te contou que não estou mais respirando?
Vivo num sono eterno
Para sempre descansando,
Mas vejo que enfraqueci
E por isso estou sangrando.
Um sangue doce que vem o meu espírito lavar,
E se um dia sentir saudades de mim
Faça o mesmo e venha me encontrar!!!!

Poema: copyright © 2004 By- Juliana Bizarria



Poesia dedicada à poetisa portuguesa "Florbela Espanca" (1894-1930)
Pois a mesma cometeu suicidio!!

Ameba Abençoada


Sou um zero
Mas não me desespero,
Enxergo meu ego
Com um olho cego,
E quando cansado
Eu o carrego.
Santa inutilidade
Desse meu corpo miserável,
Descrevo-me pouco a pouco
Num auto-retrato de louco,
Uma pintura indecifravel.
Eu canto para o rancor
Para o fraco e para o forte,
Eu canto para a saudade e a dor,
Para a vida e para a morte.
São escritas estragadas
Por uma mente,
Podre e ceifada,
A mesma doente
A mesma curada
Pois sou uma ameba,
Abençoada!!!!
BY - Juliana Bizarria