terça-feira, 17 de março de 2009

Sem regresso

Seis da tarde, ainda há luz do dia
Uma mulher estende roupas no varal
O povo na Cidade em plena correria
E as crianças pobres brincam no quintal,

Na cozinha a mulher
Deseja ter o que cozinhar
Enquanto observa as crianças
Espera seu marido chegar.

E no meio da cidade
É toda aquela confusão,
Um carro desgovernado
Entra na contra mão
E um homem desesperado
É atropelado,
Segurando um saco de pão.

Já são 7:30 da noite
E a mulher suspira desesperada
As crianças perguntam:
Onde o nosso pai está?
Ela somente olha desapontada.

Lá o engarrafamento é esticado
E os curiosos em volta,
Olham o homem morto deitado.

Em casa as crianças dizem que com fome estão,
- Esperem um pouco o pai de vocês
Chegar com o pão!

Um policial se aproxima do local
Ao pegar os documentos da vitima
Lamenta o acidente ter sido fatal.

De fome as crianças começam a chorar
E nada a mãe tem, para os alimentar.
Ansiosa também começa a chorar...

De repente na porta, ela ouve alguém bater.
É o policial que veio lhe dizer:
Sinto muito, mas seu marido,
Acaba de falecer!

A pobre da senhora
As lagrimas, não conseguia conter.
Noticia que veio como facada
Como se pelas costas
Ela tivesse sido apunhalada.

E como irá dar a noticia as crianças
Pobres de alma e coração?
Que do pai, só ficaram as lembranças
E sem ele crescerão.

A mãe olha para o céu
E a ultima lagrima de seu olho
Ela deixa cair,
E diz em pensamentos
Eu lhe peço meu Deus
Por todos os momentos
Que eu ainda existir,
O pai que deles esta ausente
Eu possa substituir.

- Mais uma vez lamento!
diz o policial
- Por não ter ninguém
Que possa lhe ajudar nessa situação
Mas seu marido ainda deixou para as crianças
Esse saco de pão!!

BY-Juliana Bizarria


Nuuusssssss..... Esse coiso é da era mesozóica, escrevi há uns 10 anos atrás qdo meu quintal ainda era habitado por Archeopteryx, Carnotaurus, Dimetrodon, Parasaurolophus, Triceratops, Tyrannosaurus rex, e seus descendentes =))

Um comentário:

Nina H disse...

Adorei o SEU comentário!