quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Meros rabiscos


Meus olhos dormem abertos
Para ver tudo ao meu lado,
Com pesadelos eu desperto
Os meus versos apagados.
Sou amante da noite
E de sua inspiração,
Entrego-me de corpo inteiro
Beijando a escuridão.
O silêncio me acorda
Para assim me libertar,
Então no meio do nada
Eu começo a rimar.
Meros rabiscos
Começam a gritar,
O papel que era mudo
Agora pode falar.
Toda raiva e ironia,
É o que me seduz
Pois a mais uma poesia
Acabei de dar a luz.
Mas ainda sinto estar grávida
E o meu cérebro é o ventre,
Uma máquina geradora,
Que dali brotam sementes
Em paginas acolhedoras.
As idéias me sufocam
Por isso preciso estar acordada,
É como se algo me tomasse
E eu estivesse guiada,
Deslizando a caneta
Com a minha mão gelada.
Tenho sono, mas não posso dormir,
E os olhos que nunca se fecham
Agora não querem abrir,
Minhas veias entram em colapso
Deixando-me prestes a explodir.
Então alucinada,
Não posso me conter,
Por que o filho que esperava
Acaba de nascer!!!!

BY – Juliana Bizarria

Um comentário:

Anônimo disse...

legal esse poema... mas não se preocupe tanto em rimar, o som, o ritmo das palavras, o canto do fraseado pode ser mais belo que uma simples rima perfeita...
beijos
gunnar
ps. gostei de te conhecer