sábado, 30 de janeiro de 2010

Tomo I

Entra em meu mundo desolado

Banhando meus olhos em pranto,

Toca-me e senta se ao lado

Causa-me dor, mas nenhum espanto.


Em voz baixa, doce e amena,

Esvoaça diante de mim a cena

Ecoando em meus ouvidos um canto.


De repente fica estridente

Confidente, se insinua,

E eu com meus olhos ardentes

Vejo uma sombra nua.


Oh! Desgraça

E seu grito logo retraça,

Perdendo se na rua.


De onde vem essa sombra já falecida?

Maldito monstro que me devora,

Atormenta-me a vida

E do nada vai embora.


Luzes turvas a me invadir

Frio e calor estou a sentir

Então o que faço agora?


O tomo I diante de mim

Causou em meu ser um tropel,

As cortinas se fecharam, é o fim

Cobrindo tudo como um véu!


Começo a aplaudir

Sem ao menos conseguir

Entender o meu papel!


By – Juliana Bizarria

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