domingo, 29 de março de 2009

A Noite



A insônia me beijava
E eu ia caminhar
Abraçava a escuridão
Que estava a me rodear.

Nada passava ao meu lado,
Nada olhava para mim.
A cidade adormecida
Parecia não ter vida,
E ter chegado ao fim.

Ficava encantada
Com tanta solidão,
Ruas curtas e luzes apagadas
Somente eu na escuridão.

Um nada no meio do nada
Simplesmente uma imagem,
Só o clarão da lua fazendo minha sombra
Reluzir feito paisagem.

A noite, oh noite!
Tinha um requinte escultural,
O canto gutural da coruja me entontecia
E tinha som de funeral!!

By – Juliana Bizarria

quinta-feira, 19 de março de 2009

Viagem Tosca


Oh meus temíveis defeitos!
Não terei mais desejos,
Perderei meus gracejos
Ociosa em meu leito.

Paciente a espera
Da viagem tosca,
Carregada por moscas
Da morte, a fera.

Órfã será a minha poesia,
Há uma sede estranha
Sugando minhas entranhas,
Deixando-me vazia.

Cessarei os suspiros meus
Na brisa da noite ou da manhã
Talvez eu vá para Deus,
Ou talvez para satã!!

By – Juliana Bizarria

terça-feira, 17 de março de 2009

Sem regresso

Seis da tarde, ainda há luz do dia
Uma mulher estende roupas no varal
O povo na Cidade em plena correria
E as crianças pobres brincam no quintal,

Na cozinha a mulher
Deseja ter o que cozinhar
Enquanto observa as crianças
Espera seu marido chegar.

E no meio da cidade
É toda aquela confusão,
Um carro desgovernado
Entra na contra mão
E um homem desesperado
É atropelado,
Segurando um saco de pão.

Já são 7:30 da noite
E a mulher suspira desesperada
As crianças perguntam:
Onde o nosso pai está?
Ela somente olha desapontada.

Lá o engarrafamento é esticado
E os curiosos em volta,
Olham o homem morto deitado.

Em casa as crianças dizem que com fome estão,
- Esperem um pouco o pai de vocês
Chegar com o pão!

Um policial se aproxima do local
Ao pegar os documentos da vitima
Lamenta o acidente ter sido fatal.

De fome as crianças começam a chorar
E nada a mãe tem, para os alimentar.
Ansiosa também começa a chorar...

De repente na porta, ela ouve alguém bater.
É o policial que veio lhe dizer:
Sinto muito, mas seu marido,
Acaba de falecer!

A pobre da senhora
As lagrimas, não conseguia conter.
Noticia que veio como facada
Como se pelas costas
Ela tivesse sido apunhalada.

E como irá dar a noticia as crianças
Pobres de alma e coração?
Que do pai, só ficaram as lembranças
E sem ele crescerão.

A mãe olha para o céu
E a ultima lagrima de seu olho
Ela deixa cair,
E diz em pensamentos
Eu lhe peço meu Deus
Por todos os momentos
Que eu ainda existir,
O pai que deles esta ausente
Eu possa substituir.

- Mais uma vez lamento!
diz o policial
- Por não ter ninguém
Que possa lhe ajudar nessa situação
Mas seu marido ainda deixou para as crianças
Esse saco de pão!!

BY-Juliana Bizarria


Nuuusssssss..... Esse coiso é da era mesozóica, escrevi há uns 10 anos atrás qdo meu quintal ainda era habitado por Archeopteryx, Carnotaurus, Dimetrodon, Parasaurolophus, Triceratops, Tyrannosaurus rex, e seus descendentes =))

quarta-feira, 11 de março de 2009

Não financie o crime ambiental


O homem se acha superior a outras raças, por isso vivemos em um mundo cheio de diferenças, ele é o topo da cadeia alimentar, mas creio que nem por isso tenha o direito de matar, maltratar, abusar explorar, usar os animais como produtos, lucrar com seu sofrimento.
Animais não falam, por isso não podem reclamar de sua dor, mas são dotados de sentimentos e demonstram muito mais do que qualquer ser humano!

Ser vegetariano não é apenas a abstinência do consumo da carne para reduzir os maus tratos animais, mas sim uma questão de consciência e não vai demorar muito tempo para que o vegetarianismo deixe de ser uma questão filosófica e passe a ser uma necessidade de sobrevivência.

O consumo da carne é um dos maiores financiadores do crime ambiental, uma pesquisa feita pela ONU comprovou que bovinos emitem 5% a mais de dióxido de carbono no planeta do que os carros, o que colabora e muito com o aquecimento global.

Grande parte da Amazônia está sendo desmatada para o plantio da soja que será destinada a alimentação do gado de corte.

Um Boi consome 90 litros de água por dia, em quanto um homem não consome nem a metade disso, sendo a água um dos nossos bens mais preciosos. Existem muito mais vacas no planeta do que gente, sem falar das aves, uma granja, por exemplo, gasta energia elétrica suficiente para manter varias residências e venhamos e convenhamos que galinha no mundo tem muito mais do que bois e nem da pra contar como existem muito mais do que gente.

Comer carne é um ato primitivo, dizem que o corpo humano necessita de 9 proteínas diárias e o arroz contem essas proteínas.

Comer carne é cruel, o ser humano não precisa disso, não há estudos que comprovem que precisamos comer carne para sermos saudáveis muito pelo contrario.

As carnes contem hormônios, esteróides, que os criadores injetam nos animais para que os mesmo cresçam mais rápidos, sejam abatidos e vendidos, hormônios impregnam na carne que você leva para casa e ingere prejudicando a sua saúde.

E não é só isso, você já parou para pensar a quantos dias aquele animal que está em seu prato está morto? Animais comem animais, o leão, por exemplo, mata a sua caça e consome a carne quente, já você quando a compra, nem sabe de onde ela veio.

O nosso intestino tem 6 metros, a carne demora dias para sair do nosso corpo, imagine como é ter um animal entrando em putrefação dentro de si!

Não digo que parem literalmente de uma hora para outra com o consumo da carne, pois para quem gosta deve ser muito difícil, mas reduzam aos poucos troquem a carne por coisas saudáveis como vegetais, frutas, legumes e verduras que a propósito é cientificamente provado que eles não tem sistema nervoso, por tanto um alface quando tirado da terra não sentira dor alguma ao contrario dos gado que covardemente são mortos de várias formas cruéis possíveis, como o atordoamento elétrico por exemplo, os animais são conduzidos molhados a um corredor e ali recebem choques elétricos de 240 volts.

A garganta do animal é cortada deixando a sangrar até a morte, utilizam marteladas na cabeça para quebrar o crânio, mas nem sempre o martelo acerta com precisão a região que causa a inconsciência, podendo rasgar os olhos ou o nariz do gado.

Os animais estão totalmente conscientes quando suas jugulares são cortadas. Alguns matadouros prendem o animal por uma perna e penduram-no de cabeça para baixo antes que suas gargantas sejam cortadas, resultando em danos dolorosos dos tecidos em 50% das vezes e, em algumas vezes, crises de vômito. E na hora do transporte também sofrem transtornos.

È Triste ver a ganância humana destruindo vidas e destruindo o planeta, é triste sabermos que existem outras formas de alimentação mais saudáveis e nada cruéis, mas as pessoas não se preocupam em optar por elas.

O mal causado a um animal me causa muito mais tristeza e indignação do que a um ser humano, porque estes podem falar e se defender, enquanto que aos animais nada resta.

Se coloque no lugar de um ser julgado “irracional” por alguns instantes, veja-se atrás de grades, presos por correntes, imagine até que estão abrindo o seu corpo para fazerem experimentos, feche seus olhos e por alguns minutos sinta o gosto do lucro ganho em suas costas, pense como seria uma fila de homens indo para o abate e agora me responda quem é o irracional??
Você ser humano ou o animal??



Tortura não é cultura

Tortura não é cultura,
Explorar animais não é divertido
Comer carne é um ato primitivo.

Você tem sentimentos
Os animais também,
Você faz o mal
O animal o bem.

Onde está a racionalidade
Do ser que se julga superior a todas as raças?
Existe racionalidade no “irracional”
Que consome quente a sua caça.

Aplaudir a dor em troca do dinheiro
É ganância, hipocrisia,
Financiar violência animal
É pura covardia.

Tortura não é cultura
Explorar animais não é divertido
Comer carne é um ato primitivo.

By – Juliana Bizarria

"Quando a última árvore for cortada, quando o último rio for poluído, quando o último peixe for pescado, aí sim eles verão que dinheiro não se come..." (Chefe Sioux)

terça-feira, 10 de março de 2009

Ao meu canto

Eu canto o meu canto
Pra tudo o que há,
Canto em todo canto
Mas pra quem será?

Não será pra nada
Nem pra ninguém,
Eu canto calada
Por que me faz bem

Talvez....
Eu cante pra mim, para você.
E pra todo o universo,
Talvez pra quem ler
Sentir-se dono do meu verso.

Um canto sem sentido
Às vezes limpo e imundo,
Um canto para os meus ouvidos
E para os ouvidos do mundo.

Eu canto em silencio
Sem saber cantar,
Eu canto desafinado

Eu canto só pra rimar,
Eu canto por todos os lados
Eu canto só por cantar!!

By – Juliana Bizarria
Esse é mais antigo do que as costeletas do Elvis huHAuHAUhUAhua

quarta-feira, 4 de março de 2009

Seria uma mal necessário pensar?


Quis me dar à alegria do acaso,
Deixei me levar a um lugar
Que há muito tempo queria estar.
O som do desejo sussurrava em meus ouvidos
Transparecendo que tudo era muito puro.
Sensações tomando conta do meu ser
E a consciência me acusando
Caso algo viesse a dar errado,
Aquilo me fascinava
Mas sabia que já era hora de parar,
Derreto-me, mas não me entrego.
As horas passam, coisas acontecem.
E o sono vem, mas não me leva.
Fica o silêncio em minha mente
Tecendo ruas a serem seguidas,
Ruas das quais eu poderia escolher em qual pisar.
Mas a vontade de mudar os passos era tanta
Que me deixou amedrontada,
A imensa vontade de conhecer algo novo
Fez-me fraca
E covardemente recuei,
Permanecendo no mesmo lugar.
Por que pensar tanto?
Pra que existem conseqüências?
Ver além do presente
Bloqueia-nos a novas possibilidades,
Olhar além do que se vivencia
Faz a mente engravidar
E parir dúvidas.
Às vezes pensar não é preciso
E ver adiante também não é.
Meus dois olhos me confundem,
Ainda não sei com qual deles
È melhor enxergar o mundo!

By – Juliana Bizarria

segunda-feira, 2 de março de 2009

Ode a minha vida que se finda

Minha pele macilenta
Reluzente estremecia,
Minha carne nada opulenta
Soltava-se, desprendia.
Despedindo de forma lenta
A morte me consumia.

Dou lhe a mão
E contigo vou caminhar
Sigo estradas, rumo em vão.
Sem saber onde vai dar,
Não peço a ninguém perdão
Meus pecados deixo a vagar.

Não me fui inteiramente
Habitar seu mundo ainda,
O meu sangue efervescente
Colore a vida que se finda,
Vejo raios incandescentes
Oh doce morte, és tão linda.

Na hora de partir
Tenho pressa, mas nem tanto.
Minha face esta a sorrir,
Meus lábios entoam um canto,
Para sempre vou dormir
E repousar sem nenhum pranto.

By – Juliana Bizarria