sexta-feira, 16 de setembro de 2016
Vestir outra Derme
De me seus olhos
Eu preciso enxergar,
De me seus pés para que seus calos
Venham me machucar,
De me suas mãos
E vamos juntos caminhar.
Olhar adiante, aos lados sem a quem,
Olhar embaçado, por vidros quebrados
Parelho a todos e a ninguém.
Caminhar, parar, seguir e ir além...
Além do seu interior,
Além de onde quer for,
Extrapolar, transcender, exceder
E não se opor.
Titubear ao som do mesmo coração
Dançar ao ritmo da mesma canção,
Vestir outra derme
E desaparecer na mágica de um verme.
Quem sou eu?
Quem é você?
Não somos dignos
De aquilatar nossas façanhas,
E quem dirá do outro
Arrancar até as entranhas.
Sobrevoe, sobreviva
Viva!
Sem você,
O cosmo não ficará desabitado
O nódulo não será desfeito
E nem o câncer, curado.
Porque no final,
Todo mundo é igual
E o corpo é emprestado.
By – Juliana Bizarria
Final roubado de outra poesia, escrita a long time ago!!
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