Tingido pelo sol és meu corpo pagão
Contrastando em meu peito a mais pura rebeldia,
Rasgo o vazio com versos vão
Colorindo a folha branca vazia.
Querendo retornar ao ventre
Está a minha alma imunda,
Estranha sensação demente
Que entre mim fecunda.
Doce mente doente insana
Que sussurra medo em meu ouvido,
O Murmúrio áspero que de minha boca emana
Escorrega entre meus dedos deixando o papel florido.
Não sou fera, nem selvagem
Sou apenas mais uma menina,
Só mais uma que em viagem
Vaga pelos espirais letrados de resina.
Que derretem ao calor das chamas
Relembrando momentos épicos,
Tão oblíquo quanto olhares de quem amas
Tão sereno tão poético.
Durante a noite silenciosa eu insisto
Com verbos meu desejo é realizado,
Em linhas faço o que quero, repudio cristo
E desafio até o diabo.
By – Juliana Bizarria
Nenhum comentário:
Postar um comentário