segunda-feira, 12 de julho de 2010

Alucinada


Eu estou indo para aquela montanha

Aonde o frio nunca bate

E o sol não é muito quente.

Estou subindo devagar

Porque os meus pés estão dormentes.

Lá sentirei a brisa da manhã ao acordar

E o sereno cair ao anoitecer,

Terei preguiça de me levantar

Quero ali ficar

E sozinha falecer.

O meu cadáver os pássaros

Não irão comer,

E como sentinelas ao meu lado

Irão permanecer,

Guiando minha carne como se eu estivesse

Acabado de nascer.

Viverei igual ao vento

Tímida, sem mostrar a minha cor,

E os pássaros comigo

Irão aonde eu for.

Mas um dia descerei de lá

Sem na terra precisar pisar,

E de tanto repousar com os pássaros,

Quem sabe eu, não aprenda a voar!

By- Juliana Bizarria


Poema mega master idoso, escrito a long time ago!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Minha Sina



Quão doida é a sina de minhas alvoradas,

Ouço-as prantear sobre minha languidez

É meu arrimo na calada,

Turvando toda minha lucidez

Letrada e armada,

Colorindo em palidez.


Quão doida é a sina de minha antemanhã,

Ouço o mínimo como um fonema

Dando a luz toda manhã

Carregada de blasfema,

Tem meu sangue, feito irmã

Tem meu sangue, meu poema.


By – Juliana Bizarria