domingo, 11 de abril de 2010

Tomo II


Eis que surge um espectro fantasmagórico

Envolvendo-me em sua poeira densa,

De ar lúgubre e calórico

Infectando qualquer crença.


Está mais uma vez diante de mim

Agonizando-me pelo fim,

Propagando minha doença.


O que isso pode ser?

O que isso vem a ser?

Fecho os meus olhos, a repudiar,

Fecho os meus olhos, não vou olhar.


A dança continua, vem e vai

Sobe e desce, mas não cai,

Não para o seu bailar.


Figura que surge do irreal

Na estranha realidade,

Fazendo uma dança surreal

Com tamanha intensidade.


O tomo II está em cena

E minha consciência já não mais plena,

Desconfia de qualquer verdade.


Entrou em meu mundo a desolar

Impediu-me de sorrir,

Vindo a pra me atormentar

Na hora de dormir.


E quando noto tudo se acaba,

Vai embora sem dizer nada

E sem que eu possa aplaudir!!


By – Juliana Bizarria

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