sexta-feira, 23 de abril de 2010

Não há abismo dentro de mim



Não há abismo dentro de mim

E eu que tanto o temia, vejo que o abismo sou eu

Agora é ele quem me teme.

Daqui por diante as coisas serão livres,

Darei passadas descompassadas,

Não esperarei por mais nada,

Matarei minha sede em copos d’água

E ficarei assim na companhia do meu eu.

Solidão?

Não...

É apenas mais uma fase do jogo da humanidade,

Logo passa, depois volta e poderá passar novamente,

Sucessivamente

Contende

Descontente

Tantas coisas acontecem e perdem-se na vida,

Perdem-se com a vida

Talvez até ficam esquecidas.

Não há de ser nada!

E nem sempre o que há

É tudo!

E aqui dentro de mim

Ah! dentro de mim......

Apenas lembranças,

E uma paz que não se cansa

E um recomeço que jamais terá um fim!


B y – Juliana Bizarria

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