Não há abismo dentro de mim
E eu que tanto o temia, vejo que o abismo sou eu
Agora é ele quem me teme.
Daqui por diante as coisas serão livres,
Darei passadas descompassadas,
Não esperarei por mais nada,
Matarei minha sede em copos d’água
E ficarei assim na companhia do meu eu.
Solidão?
Não...
É apenas mais uma fase do jogo da humanidade,
Logo passa, depois volta e poderá passar novamente,
Sucessivamente
Contende
Descontente
Tantas coisas acontecem e perdem-se na vida,
Perdem-se com a vida
Talvez até ficam esquecidas.
Não há de ser nada!
E nem sempre o que há
É tudo!
E aqui dentro de mim
Ah! dentro de mim......
Apenas lembranças,
E uma paz que não se cansa
E um recomeço que jamais terá um fim!
B y – Juliana Bizarria