Banhando meus olhos em pranto,
Toca-me e senta se ao lado
Causa-me dor, mas nenhum espanto.
Em voz baixa, doce e amena,
Esvoaça diante de mim a cena
Ecoando em meus ouvidos um canto.
De repente fica estridente
Confidente, se insinua,
E eu com meus olhos ardentes
Vejo uma sombra nua.
Oh! Desgraça
E seu grito logo retraça,
Perdendo se na rua.
De onde vem essa sombra já falecida?
Maldito monstro que me devora,
Atormenta-me a vida
E do nada vai embora.
Luzes turvas a me invadir
Frio e calor estou a sentir
Então o que faço agora?
O tomo I diante de mim
Causou em meu ser um tropel,
As cortinas se fecharam, é o fim
Cobrindo tudo como um véu!
Começo a aplaudir
Sem ao menos conseguir
Entender o meu papel!
By – Juliana Bizarria