segunda-feira, 22 de junho de 2009

Estou cega para ver poesia

Só tenho vontade de escrever sobre o nada,
O vazio a excitação friamente transformada
Em algo que não é real.
Inspiração...
Não sei mais o que é,
Sinto me estar semi - ébria
Habitando um corpo que não é meu,
As palavras que me amavam
Agora me odeiam.
Minha consciência lúgubre
Transita por jardins ensolarados
Cegando minha visão
Impedindo-me de enxergar poesia,
Obrigando-me a observar aquilo que não me entontece.
Preciso estar entre meus anjos e demônios
Preciso entrar em meu purgatório
Para ver se minha fala não se cala,
Se o meu calor não cessa
E se minha rima
Rima!

By - Juliana Bizarria

Um comentário:

Nina H disse...

Ju,
Que belo!
"Minha consciência lúgubre
Transita por jardins ensolarados
Cegando minha visão
Impedindo-me de enxergar poesia,
Obrigando-me a observar aquilo que não me entontece."

Acho q isso deve ser consequência de 2 pançudos...
Ser mãe! De cachorro, mas é igualzinho. Meio-ébria. Nem inteira ébria nem na realidade seca.
Muito bom!
Bju, Ju!