Voar, voar, voar...
Transportar-me num momento desacertado
Sem horas, sem contas, sem asas.
Voar ao som do silencio
Transpor-me a dores
Saudades e cores
Levar bofetadas.
Afecção cerebral
Deixando-me por inteira
Contaminada.
É delírio violento
Voando sem ajuda do vento
Mergulhando em águas rasas.
Viver o eterno frenesi
Em meio a enormes espirais de fumaça
Cegando-me, ele passa.
Arrebatando sentimentos
Beijo ardente feito brasa
Soprando-me a voar
Voar sempre sem asas.
By – Juliana Bizarria