Vai-se de mim...
Extirpada como um câncer
Saindo a exalar
Não digo boa noite,
Mas preciso descansar.
Feito fumaça
A minha visão embaça,
Os vapores do inferno
Estão a me contaminar.
Por qualquer razão,
Ou sem razão nenhuma
Deixo me levar,
Bebendo sua água
Uma fonte que nunca acaba
Jamais permitirei secar.
É mágico o instante
Mais intenso e constante
Onde posso ver os sons,
Tocar odores,
E ouvir as cores
Mas nunca não é o bastante,
Sempre está a me dominar
E na textura de uma folha de papel
Faço minha voz rouca, ébria,
Ressoar...
By – Juliana Bizarria