Na madrugada
Meus momentos entorpecidos,
Transparecem entre vidros
Que se partem em meus ouvidos
Estremecem os sentidos,
Embebedam-se em gemidos
De sonhos adormecidos
Passam horas, horas passam
Os meus olhos se embaçam,
Meus cabelos embaraçam
Meus anseios se retraçam
Voam longe,
Repassam.
Meus atropelos são meus
Meus devaneios são meus
Meus desejos são meus
Eu sou minha,
E nada é seu
O meu mundo
É mundo meu.
Tiro a roupa
Tiro sarro,
Lavo as mãos
Com meu escarro
Aqui eu posso,
Poetizo e profetizo
Raramente,
Racionalizo!
By – Juliana Bizarria